Ecologia e sustentabilidade

Na Bahia, o óleo que contaminou as praias poderá ser reciclado

O vazamento de óleo já atingiu mais de 150 praias em 72 municípios dos nove estados da região nordeste. Mais de 200 toneladas de resíduos oleosos (mistura de óleo e areia) foram coletadas pela Petrobras.

Cerca de 1700 agentes ambientais contratados pela estatal estão coletando os resíduos desde 12 de setembro. Já a Marinha empregou 1.583 militares, além disso, as centenas de voluntários reforçam a retirada do material. O trabalho é realizado em conjunto com o Ibama.

Minimizando o estrago

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) criaram uma técnica que transforma o óleo em um tipo de carvão granulado, que pode ser usado como mistura para asfalto e blocos de construção.

O governador da Bahia, Rui Costa, informou que todo o material que for recolhido nas praias do estado será processado e reciclado por uma empresa especializada.

Com relação ao petróleo cru já foram recolhidas mais de 900 toneladas em todo o litoral nordestino. Mais de 2 mil quilômetros de costa estão poluídas com o material, que também atingiu mangues e corais.

Os primeiros registros de manchas de óleo nas praias da região Nordeste são do dia 30 de agosto deste ano. Ainda não há certeza sobre a origem do vazamento.

Como funcionam as barreiras de contenção?

Elas são compostas por uma parte flutuante e outra submersa, chamada saia, que tem a função de conter o óleo superficial (substância com densidade menor que a da água), mas o poluente que atinge o nordeste do país se concentra em camada sub-superficial.

Por essa razão, as manchas não são visualizadas em imagens de satélite, sobrevoos e monitoramentos com sensores para detecção de óleo.

Além disso, barreiras de contenção geralmente são eficazes em correntes com velocidades de até um nó, o equivalente a uma milha náutica por hora. A vazão dos rios é muito superior a essa capacidade.

O Ibama também ressalta que, apesar de ser recomendado instalar barreiras em águas calmas, como manguezais, se estas mesmas áreas já estiverem contaminadas a estrutura impede a limpeza natural do ambiente, ou seja, além de não ajudar ainda atrapalha.

Quem são os culpados?

Até agora tem sido dito que o óleo encontrado não é produzido no Brasil e não foi comercializado ou fruto de operações da Petrobras.

Já há análises apontando que material seja de origem venezuelana. A Marinha continua investigando a origem das manchas de óleo, enquanto a Polícia Federal realiza a investigação criminal.

Fonte: Agência BrasilCiclo Vivo

Foto: Agência Brasil

Revista Ecos da Paz

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