Um dos ícones do cinema norte-americano entrou na casa dos 90 anos e está mais disposto e criativo como nunca.

Assim é Clint Eastwood, que nas décadas de 70 e 80 interpretou a franquia “Dirty Harry”, o policial durão charmoso para as mulheres e implacável com os bandidos.

Sir Eastwood tem 70 anos de carreira e uma bagagem com mais de 50 filmes.

A vontade de atuar apareceu durante a faculdade na década de 50 e começou fazendo pontas, pequenas aparições em filmes B do tipo: “A Revanche do Monstro” e “Tarantula” e para completar a renda limpava piscina e dirigia caminhão de lixo.

Marcado pelo western

Ao final na década de 50, Clint Eastwood participou do seriado “Rawhide”, em que ele interpretava um vaqueiro. Esta série trouxe-lhe notoriedade e foi uma espécie de balão de ensaio para os trabalhos que vieram a seguir com o diretor italiano Sérgio Leoni.

A trilogia western: “Por um punhado de dólares”, “Por uns dólares a mais” e “Três homens em conflito” foi exibida primeiramente só na Itália. Ao final da década de 60, a trilogia chegou aos Estados Unidos e foi um grande sucesso de bilheteria.

Os filmes de ação e os  personagens durões e mal-humorados foram uma de suas marcas, entretanto, em 1971 ele começou não só atuar em frente às câmeras como também atrás delas.

revistaecosdapaz.com - Clint Eastwood, uma lenda do cinema que não pensa em parar de trabalhar
No set de filmagem de “Perversa Paixão” em que atua e dirige. Foto: Getty Images

“Perversa Paixão”, um thriller que narra a história de um disc-jockey, que tem sua vida revirada após um encontro amoroso com uma fã, marcou a sua estreia como diretor.

Em 1979 um outro sucesso manteve seu nome em destaque: “Alcatraz:Fuga Impossível”.

Durante a década de 80 Clint produziu nove filmes e teve a oportunidade de dirigir projetos de filmes independentes, de baixo orçamento como “Bird”, a cinebiografia do saxofonista Charles Parker, estrelado por Forrest Whitaker.

Até os 62 anos de idade, ele nunca tinha sido nomeado ao Oscar e foi com o western “Os Imperdoáveis” que ele quebrou este jejum, recebendo a indicação de melhor ator e levando o prêmio de melhor diretor.

A veia dramática

Quando se fala de Clint Eastwood, a memória nos leva ao universo dos filmes de ação, policiais e western, mas ao longo da sua carreira, ele foi se revelando um diretor talentoso de histórias dramáticas.

“As Pontes de Madison”, “Menina de Ouro”, “A Troca” são produções que têm lugar de destaque na galeria de sucessos deste gênero, além de ter marcado a carreira de atrizes como Meryl Streep, Hilary Swank e Angelina Jolie respectivamente.

Seguindo na linha dramática, as histórias de guerra e os casos de pessoas comuns, que abalaram a sociedade, também foi um filão que Clint soube explorar com maestria. 

“A Conquista da Honra” e “Cartas de Iwo Jima” foram baseados em fatos da 2ª Guerra Mundial, e “Sniper Americano” se passa na Guerra do Iraque. Este longa-metragem é uma adaptação do livro “American Sniper: The Autobiography of The Most Lethal Sniper in U.S. Militar History” ( Sniper Americano: a autobiografia do sniper mais letal – tradução livre) .

Estas histórias revelam a intimidade e as angústias dos soldados, que de pessoas comuns se tornam heróis, mas o fantasma da guerra não os abandona.

Em 2018, Clint Eastwood atua e dirige “A Mula” fazendo o papel de um fazendeiro e veterano de guerra da Coreia, que trabalha como “mula” para o cartel de drogas mexicano. Além da tensão de sair vivo a cada travessia, o personagem tenta resgatar os laços com sua família.

O filme mais recente dirigido por ele é “O Caso Richard Jewell”, uma história real de um segurança que salva centenas de pessoas de um atentado a bomba em Atlanta durante as Olimpíadas de 1996.

Um homem comum, que de uma hora pra outra passa de herói a vilão acusado pela imprensa como o autor do atentado.

Em suas entrevistas, Clint Eastwood demonstrou que vai continuar trabalhando enquanto encontrar projetos que mereçam ser avaliados.

Então, que tal fazer uma maratona com este ícone do cinema?

Fonte: IMDB






Viver em harmonia é possível quando abrimos o coração e a mente para empatia e o amor.